Limites e possibilidades de aplicações de modelos digitais de elevação gerados a partir de produtos obtidos por sensores remotos nos cálculos de volumes de terraplenagem

  • Cristiano Brilhante de Souza

Resumo

Constitui objeto do presente artigo o estudo de métodos alternativos e viáveis para a medição de volumes topográficos que possam ser empregados nas fiscalizações de obras rodoviárias, em especial, na fase de terraplenagem. De forma geral, os projetos de terraplenagem se utilizam dos levantamentos topográficos clássicos para a obtenção dos volumes de terra que serão escavados ou aterrados. Em razão desta fase demandar grande parte do orçamento de uma obra rodoviária, torna-se relevante o seu controle. E toda vez que recursos federais são empregados na realização de tais obras, compete ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalização desses empreendimentos. No entanto, para bem desempenhar o controle externo, é desejável que as fiscalizações levadas a efeito pelo TCU nessas obras possam prescindir dos dados primitivos gerados pelos responsáveis pelo projeto e pela execução. Para tanto, é preciso saber se o atual estado da arte oferece métodos alternativos que atendam as precisões requeridas nos seguintes momentos da terraplenagem: o anteprojeto, o projeto e a execução. É dentro desse contexto que as ferramentas que podem ser oferecidas por meio de sensores remotos ganham relevância já que tornam possível agregar às fiscalizações de obras rodoviárias, novas metodologias de controle que se utilizem das informações provenientes de imagens obtidas por satélites, aeronaves tripuladas (aerofotogrametria) ou por meio de veículos aéreos não tripulados (VANT). Com isso o artigo busca identificar os limites e as possibilidades de emprego dos modelos digitais de elevação obtidos por meio de sensores remotos no cálculo de volumes das superfícies topográficas que serão impactadas pela implantação de uma rodovia.
Publicado
2020-09-30
Seção
Artigos