Participação feminina no trabalho: O caso do TCU

  • Maria Paula Beatriz Estellita Lins

Resumo

Dados mundiais ou brasileiros demonstram que as mulheres têm menos acesso que os homens a oportunidades profissionais, sobretudo a posições de liderança. O objetivo do estudo foi analisar a percepção de servidoras públicas do Tribunal de Contas da União, sobre oportunidades e desafios profissionais para homens e mulheres na instituição. Participaram 243 mulheres, que responderam um questionário com itens para: comparar oportunidades entre mulheres e homens; analisar situações profissionais relacionadas a diferenças de gênero no trabalho e possíveis ações ou políticas institucionais para ampliar a representatividade feminina, utilizando uma escala de concordância com cinco pontos; informar motivações para ter ou não interesse em assumir função de liderança, além de outros dados pessoais e profissionais. Segundo as respostas, as mulheres percebem que os homens têm mais oportunidades e facilidades para exercer funções de liderança e para conciliar o trabalho com outras demandas, e que as diferenças de gênero para exercer trabalhos técnicos tendem a ser menores que aquelas relativas ao exercício de liderança. O interesse em assumir liderança não apresentou relação com filhos. Também não se confirmou a hipótese de que as mulheres com experiência gerencial perceberiam mais diferenças de gênero em relação às oportunidades de liderança.

Biografia do Autor

Maria Paula Beatriz Estellita Lins
Mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (2011) pela Universidade de Brasília. Graduada em Pedagogia (1989) e em Psicologia Clínica (1994) pela Universidade de Brasília, com Especializações em Psicodrama Aplicado, em Gestalt-terapia e em Educação Corporativa, além de MBA em Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva. É servidora pública desde 2005 e, desde 2008, Auditora Federal de Controle Externo.
Publicado
2021-03-20
Seção
Artigos