Proposta de Método de reequilíbrio financeiro em contratos públicos

Estudo de caso

Resumo

O surto da covid-19 impactou o mercado de construção mundial provocando desestabilização de empresas e contratos. No Brasil, fatores como as políticas de proteção ao trabalhador e as condições que regem os preços contratuais de obras públicas levaram à paralisação e desmobilização de muitas construções, bem como à falência de empresas. A fim de evitar o abandono de obras, os órgãos públicos precisaram reavaliar contratos, porém a falta de uma metodologia padronizada para tanto pode ter induzido diferentes agentes públicos a subjetividades na avaliação de reequilíbrio, gerando toda a sorte de inseguranças. Propõe-se, portanto, neste artigo, um método de reequilíbrio contratual para situações extraordinárias como essa. Tendo em vista tal proposta, foram consideradas referências bibliográficas tanto científicas quanto legais para amparar as etapas de ajuste de preços, e o método foi testado com sucesso em um caso real, o que permitiu a retomada das obras. A pesquisa desempenha um papel crucial na promoção de uma administração pública mais eficaz diante das circunstâncias excepcionais, ao oferecer uma abordagem metodológica objetiva na análise e concessão de ajustes para restaurar o equilíbrio financeiro contratual. Isso se torna particularmente relevante diante das necessidades emergentes resultantes das circunstâncias impostas pela pandemia da covid-19. Palavras-chave: covid-19; reequilíbrio de preços; contrato; obras públicas; aditivos.

Biografia do Autor

Denis Bertazzo Watashi, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Graduação em Engenharia Civil pela Escola Politécnica (USP) e especialização em Gestão de Projetos pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP). Mestrado em Ciências com habilitação em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP), candidato a doutor em Gestão de Custos de Obras Públicas na UFSC e chefe do setor de Orçamento de Obras do Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia da UFSC.
Alexandre Maestri, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ingresso no serviço público em 2011 como fiscal de Obras e Contratos Administrativos da UFSC. Mestrado em Engenharia Civil (UFSC). Aluno especial do doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina, área de pesquisa Construção Civil.
Fernanda Fernandes Marchiori, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Graduação em Engenharia Civil pela UFSM, mestrado em Engenharia Civil pela UFSC, doutorado em Engenharia de Construção Civil e Urbana pela USP e pós-doutorado pela Centrale Supélec/Université Paris-Saclay. Docente do Departamento de Engenharia Civil e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil UFSC e revisora dos periódicos Engineering Construction and Architectural Management, Ambiente Construído e Gestão e Tecnologia de Projetos.
Regis Signor, Polícia Federal (PF)
Graduação e mestrado em Engenharia Civil e doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Perito Criminal Federal desde 2003, atuando em casos de desvio de recursos públicos em obras de engenharia. Em 2018, desenvolveu pesquisa de pós-doutorado na Curtin University, Austrália.
Publicado
2024-06-26
Seção
Artigos